A questão da chegada da Família Real no Brasil, apesar de todo o realce dado aos duzentos anos desse fato, é usualmente apresentada de forma bastante esquemática. Geralmente, o professor enfoca as principais ações políticas que envolveram a administração joanina e relaciona tais feitos com o processo de independência da nação brasileira. No entanto, essas questões ainda contam com um importante leque de questões relacionadas à História Cultural.
A transferência de uma monarquia para um país colonial era um fato nunca antes acontecido na História das Américas. Além disso, podemos salientar que a chegada da realeza lusitana envolve um processo de choque entre culturas que, sem dúvida, evidencia um lado bastante interessante desta história. Entretanto, para apresentar a riqueza dessa experiência em sala de aula o professor deve contar com uma extensa gama de fonte e materiais.
Para orientar esse tipo de trabalho, sugerimos que o professor selecione o trecho de uma obra que relate sobre o modo de vida, os valores, práticas cotidianas e hábitos de um monarca no início do século XIX. Paralelamente, destaque fontes históricas (documentos, pinturas ou obras literárias) em que se possa observar o cotidiano do ambiente colonial brasileiro. Dessa maneira, abrem-se condições para que as diferenças culturais sejam visualizadas por toda a classe.
Com o objetivo de fixar melhor essa questão da diferença, privilegie a fala de alguns alunos que viveram esse tipo de experiência cultural. Alunos que já tiveram de se mudar da cidade grande para o interior ou para outra região podem dimensionar de forma próxima e contemporânea o processo de mudança e adaptação. Depois disso, tente aproximar o tema com a discussão de alguns itens principais sobre a chegada da família real.
Um tema bastante intrigante pode ser explorado por meio do estudo dos hábitos alimentares do Brasil durante século XIX. Para explorar esse tipo de temática, sugerimos a exposição do quadro “O jantar no Brasil” (topo) de Jean-Baptiste Debret, onde podemos observar alguns dos hábitos assinalados por esse pintor francês. Além disso, a escolha selecionada de alguns trechos do livro História da Alimentação no Brasil, de Câmara Cascudo, também serve como fonte a ser criticamente analisada pelos alunos.
Explorando um bom leque de informações, os alunos podem ser incumbidos de um trabalho final em que busquem encenar alguns traços desta época. Para tanto, o educador pode propor a organização de um sarau cultural envolvendo a declamação de poesias, a leitura de textos e a degustação de alguns pratos da época. Cada grupo responsável pela apresentação deve previamente entregar um roteiro escrito que servirá de base para a futura avaliação do professor.
Com a realização desta atividade, o professor deixa de salientar única e exclusivamente as questões de ordem política e econômica de uma época. Nesse tipo de atividade, o passado ganha cores, cheiros e gestos impensáveis em uma aula amarrada a concepções limitadas de compreensão histórica.
A transferência de uma monarquia para um país colonial era um fato nunca antes acontecido na História das Américas. Além disso, podemos salientar que a chegada da realeza lusitana envolve um processo de choque entre culturas que, sem dúvida, evidencia um lado bastante interessante desta história. Entretanto, para apresentar a riqueza dessa experiência em sala de aula o professor deve contar com uma extensa gama de fonte e materiais.
Para orientar esse tipo de trabalho, sugerimos que o professor selecione o trecho de uma obra que relate sobre o modo de vida, os valores, práticas cotidianas e hábitos de um monarca no início do século XIX. Paralelamente, destaque fontes históricas (documentos, pinturas ou obras literárias) em que se possa observar o cotidiano do ambiente colonial brasileiro. Dessa maneira, abrem-se condições para que as diferenças culturais sejam visualizadas por toda a classe.
Com o objetivo de fixar melhor essa questão da diferença, privilegie a fala de alguns alunos que viveram esse tipo de experiência cultural. Alunos que já tiveram de se mudar da cidade grande para o interior ou para outra região podem dimensionar de forma próxima e contemporânea o processo de mudança e adaptação. Depois disso, tente aproximar o tema com a discussão de alguns itens principais sobre a chegada da família real.
Um tema bastante intrigante pode ser explorado por meio do estudo dos hábitos alimentares do Brasil durante século XIX. Para explorar esse tipo de temática, sugerimos a exposição do quadro “O jantar no Brasil” (topo) de Jean-Baptiste Debret, onde podemos observar alguns dos hábitos assinalados por esse pintor francês. Além disso, a escolha selecionada de alguns trechos do livro História da Alimentação no Brasil, de Câmara Cascudo, também serve como fonte a ser criticamente analisada pelos alunos.
Explorando um bom leque de informações, os alunos podem ser incumbidos de um trabalho final em que busquem encenar alguns traços desta época. Para tanto, o educador pode propor a organização de um sarau cultural envolvendo a declamação de poesias, a leitura de textos e a degustação de alguns pratos da época. Cada grupo responsável pela apresentação deve previamente entregar um roteiro escrito que servirá de base para a futura avaliação do professor.
Com a realização desta atividade, o professor deixa de salientar única e exclusivamente as questões de ordem política e econômica de uma época. Nesse tipo de atividade, o passado ganha cores, cheiros e gestos impensáveis em uma aula amarrada a concepções limitadas de compreensão histórica.
c) A canção “Pra Frente, Brasil” de Miguel Gustavo:
Noventa milhões em ação,
Pra frente Brasil,
Do meu coração...
Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil,
Salve a Seleção!
De repente
É aquela corrente pra frente,
Parece que todo o Brasil deu a mão...
Todos ligados na mesma emoção...
Tudo é um só coração!
Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil!
Brasil!
Salve a Seleção!!!
Oferecendo esses três tipos de documento à turma, o professor pode convidar alguns alunos a relatarem suas análises próprias. Depois de mostrarem o resultado de sua produção, uma discussão final visando compreender como tais documentos representavam o país na época pode ser realizada. Nesse momento, é importante destacar a perspectiva positiva que estes documentos passavam em uma época considerada opressiva e conturbada.
Como sugestão final da atividade, o professor pode exibir o filme “O Ano Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburguer, onde temos a representação da perspectiva de uma criança sobre o período. Dessa maneira, o período ditatorial pode ser contemplando de forma mais ampla, fugindo da simples opressão costumeiramente assinalada em alguns livros didáticos.
Noventa milhões em ação,
Pra frente Brasil,
Do meu coração...
Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil,
Salve a Seleção!
De repente
É aquela corrente pra frente,
Parece que todo o Brasil deu a mão...
Todos ligados na mesma emoção...
Tudo é um só coração!
Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil!
Brasil!
Salve a Seleção!!!
Oferecendo esses três tipos de documento à turma, o professor pode convidar alguns alunos a relatarem suas análises próprias. Depois de mostrarem o resultado de sua produção, uma discussão final visando compreender como tais documentos representavam o país na época pode ser realizada. Nesse momento, é importante destacar a perspectiva positiva que estes documentos passavam em uma época considerada opressiva e conturbada.
Como sugestão final da atividade, o professor pode exibir o filme “O Ano Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburguer, onde temos a representação da perspectiva de uma criança sobre o período. Dessa maneira, o período ditatorial pode ser contemplando de forma mais ampla, fugindo da simples opressão costumeiramente assinalada em alguns livros didáticos.
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Estratégias de Ensino » História
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Ao estudar o período da Ditadura Militar, muitos alunos têm a impressão errônea de que os militares tinham total e absoluto controle sobre a população brasileira. Muitas vezes, esse tipo de conclusão precipitada surge em meio às diversas narrativas e imagens que descrevem a atuação dos militares durante esse período. No entanto, a relação entre o Estado e a sociedade nesse período pode ser repensada de maneira a demonstrar um outro lado dessa relação.
Primeiramente, o professor pode discutir junto aos alunos se seria possível criar alguma forma de governo que, por meio da força e da violência, pudesse controlar todos os indivíduos de um Estado ou nação. Depois de lançar essa questão aos alunos, o professor pode oferecer um breve texto onde diferentes formas de resistência são discutidas nos mais diversos regimes de caráter autoritário.
Entre outros casos, pode-se fazer menção sobre a resistência dos judeus contra a dominação dos romanos na Antigüidade, as revoltas que marcaram o processo de colonização americana ou os conflitos assinalados durante o imperialismo do século XIX. Elencando estes ou outros exemplos históricos, o professor demonstra que é impossível algum tipo de governo ou regime ter dominação completa.
Depois disso, destaque que mesmo dentro desses casos historicamente demonstrados os governos opressores buscam maneiras para que a população dominada reconheça e legitime o poder instituído. Com isso, os alunos teriam condições de notar que as relações políticas são marcadas por um jogo simbólico onde a relação entre “dominantes” e “dominados” não se encerra em imposições simplesmente colocadas “de cima para baixo”.
A partir disso, o professor relata como o período do governo Médici (1969 – 1974) foi conhecido como um dos mais rigorosos períodos do regime militar. No entanto, demonstrando a visão de que o governo opressor não se vale apenas da força, ofereça documentos e imagens que possam ser analisadas pelos alunos. Reservando algum tempo para que a sala observe as fontes históricas trabalhadas, peça para que cada um deles produza um texto opinativo sobre um dos três documentos abaixo:
a) Foto do presidente Médici comemorando a tricampeonato de futebol conquistado em 1970.
Primeiramente, o professor pode discutir junto aos alunos se seria possível criar alguma forma de governo que, por meio da força e da violência, pudesse controlar todos os indivíduos de um Estado ou nação. Depois de lançar essa questão aos alunos, o professor pode oferecer um breve texto onde diferentes formas de resistência são discutidas nos mais diversos regimes de caráter autoritário.
Entre outros casos, pode-se fazer menção sobre a resistência dos judeus contra a dominação dos romanos na Antigüidade, as revoltas que marcaram o processo de colonização americana ou os conflitos assinalados durante o imperialismo do século XIX. Elencando estes ou outros exemplos históricos, o professor demonstra que é impossível algum tipo de governo ou regime ter dominação completa.
Depois disso, destaque que mesmo dentro desses casos historicamente demonstrados os governos opressores buscam maneiras para que a população dominada reconheça e legitime o poder instituído. Com isso, os alunos teriam condições de notar que as relações políticas são marcadas por um jogo simbólico onde a relação entre “dominantes” e “dominados” não se encerra em imposições simplesmente colocadas “de cima para baixo”.
A partir disso, o professor relata como o período do governo Médici (1969 – 1974) foi conhecido como um dos mais rigorosos períodos do regime militar. No entanto, demonstrando a visão de que o governo opressor não se vale apenas da força, ofereça documentos e imagens que possam ser analisadas pelos alunos. Reservando algum tempo para que a sala observe as fontes históricas trabalhadas, peça para que cada um deles produza um texto opinativo sobre um dos três documentos abaixo:
a) Foto do presidente Médici comemorando a tricampeonato de futebol conquistado em 1970.
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